14 de dez. de 2013

Entrevista com Sifu Florentino e os esclarecimentos da AWCA



Mestre Florentino, poderia nos dizer ao que atribui o grande crescimento de sua organização, a AWCA – Associação Wing Chun Aplicado?

R: Claro! Diversos fatores têm levado a AWCA ao rápido e expressivo crescimento, dentre eles, a profissionalização dos instrutores por meio da formação pedagógica, da qual, como Pedagogo e Educador Físico, aplico lições importantes destes ensinos ao lecionar em meus cursos para formação dos representantes.  Conseqüentemente, estes instrutores formados, passam a transmitir em seus ensinamentos, técnicas de luta com esta base pedagógica, tornando-os cada vez mais qualificados ao ensino, alem do que, não cobro taxas de filiação e anuidades de meus representantes, o que todas as demais associações fazem, dificultando muito a inclusão destes no mercado marcial. Cuido de meus discípulos como um pai cuida de seus filhos. Não somente orientando, mas também, auxiliando-os em suas jornadas de vida.
Qual processo é seguido para que seus alunos consigam abrir suas unidades tão rapidamente? ... Quero dizer, como pode, em uma formação tão curta, já se posicionarem como instrutores?

R: A formação não é curta, o curso completo demanda cerca de quatro anos. Os mais novos, aos passarem pelo internato de uma semana, recebem orientação pedagógica e treinam a carga horária de oito meses, onde aprendem o conteúdo técnico de uma fase (treinos diários das 09h00 as 23h00), então, adquirem a autorização temporária de representação sob minha supervisão, o que significa que, apos transmitirem o que lhes ensinei no internato, vou até suas unidades fazer a correção no aprendizado destes alunos, de maneira que, nenhum ensino fique equivocado.

Então, estes instrutores têm a autorização de ministrar as aulas, mas, somente ao senhor, como “Sifu” cabe a avaliação e certificação do curso?

R: Exato. Estes instrutores, apesar de capacitados pelo internato, ainda não são plenamente formados. Cada um é considerado "Si-hing" (aquele que ensina como um irmão mais velho). Então, cabe somente ao “Sifu” (aquele que ensina como um pai) a formatura de todos os alunos. Desta maneira, todo instrutor estará sempre amparado por minha pessoa, bem como, seus alunos. Todos saberão que o Sihing é o "instrumento" de ensino deles, mas, será o Sifu quem os corrigira e apontará seus erros e onde treinar para melhorarem e avançarem rumo à formatura.

Mestre, muito se foi dito sobre sua saída da “Applied Wing Chun Brasil – AWCB”, e não querendo entrar nos méritos desta questão, mas, fazendo certa referência, o senhor mudou o nome de sua associação que se chamava “Associação Li Hon Ki – ALHK” para “Associação Wing Chun Aplicado – AWCA”. A pergunta é: O senhor assim o fez por que deseja que as pessoas saibam que seu ensino é o Applied Wing Chun, uma vez que “Aplicado” é a tradução de “Applied”?

R: Muito pertinente esta pergunta, e até interessante para elucidar a dúvida de todos os que me procuram para aprender o “Wing Chun Aplicado”.
Bem, todo o conhecimento que transmito vem da linhagem de Duncan Leung. Tanto as técnicas básicas que aprendi com meu antigo mestre, bem como, as técnicas avançadas que aprendi na China com mestre Duncan e também, com mestre Allan Lee. Sendo assim, não posso negar que o que transmito vem deste conhecimento, porém, como me desvinculei da Associação Applied WC Brasil - AWCB, minha didática de ensino segue moldes próprios, não tendo qualquer relação com os métodos transmitidos pela ACWB.

Isso quer dizer então, que o senhor desenvolveu suas técnicas de Wing Chun a partir deste conhecimento?

Claro que NÃO! As técnicas que ensino são exatamente nos moldes que aprendi, inclusive, faço questão de dar a todos os instrutores, copia das filmagens de meu aprendizado na china, onde, constam os mestres Duncan Leung, Allan Lee, Florian Walter entre outros me ensinando tais técnicas, “uma-a-uma”, fidelizando assim, o ensino que transmito, principalmente nos níveis avançados do sistema.
Minha consideração foi referente à metodologia deste ensino. Vou explicar melhor: Se você aprender o idioma inglês em alguma escola particular, você não pode simplesmente sair por ai dizendo que o inglês que você ensina é o mesmo do método da escola em que você aprendeu, pois, essa escola tem seus direitos de ensino reservado, ainda assim, o que você estará ensinando será o “idioma inglês”, mas, para isso, terá que ser com seu método de ensino e não com o método de ensino da escola em que você o aprendeu. Mesmo inglês... Método diferente de ensino - Mesmo Wing Chun... Método diferente de ensino.

Mas isso não estaria descaracterizando a linhagem?

R: Não vejo desta maneira, pois, é sabido que, mestre Duncan ensina com método completamente diferente do método que aprendeu de seu mestre Yip Man, que em verdade, não tinha método. Ensinava de maneira diferente para todos os alunos. De acordo com os vários alunos de Yip Man, suas aulas eram baseadas no aproveitamento individual de cada aluno, ou seja, ele aproveitava o que o aluno tinha para oferecer. Se ele via que um aluno tinha mais facilidade com as pernas, ensinava mais chutes, já outros, com mais facilidade nas mãos, ensinava mais socos, e assim por diante. Isso tem seu lado positivo, mas também, o negativo. Positivo, pois, preparava seus alunos rapidamente para o combate real. Negativo, pois, privou os futuros alunos de seus alunos de certos aspectos técnicos que sua primeira geração não demonstrou aptidões para aprender, e graças a isto, temos as diferentes linhagens hoje em dia.

Neste caso, poderia nos dizer em que consiste seu método de ensino?

R: Sim! Como dito no começo, devido à minha formação acadêmica, consiste no desenvolvimento pedagógico, ou seja, tudo é ensinado respeitando as limitações de cada indivíduo, e no seu tempo, bem como, o desenvolvimento motricial para cada técnica. Quer dizer, não se pode colocar telhado numa casa sem que esta tenha paredes que a sustentem, e não só isto... Tem-se que saber o peso certo que estas paredes suportarão, ou então, o telhado desabará. Desta maneira ensino o Wing Chun Aplicado... Passo-a-passo, respeitando os limites de cada um, de maneira que nada falte para as gerações futuras. Vejo muitos mestres por aí mostrando uma técnica para todos na sala, e logo após, sentarem-se e apenas os apreciar praticando. Isso não é bom. Não procedo assim. Fico atento o tempo todo com meus alunos, corrigindo-os sempre que vejo a necessidade. Chego a ser um tanto chato neste sentido, mas, tenho a certeza que eles, ao retornarem para suas unidades, levarão como bagagem, um conteúdo estável, tendo um mínimo de dúvida para elucidarem, alem do mais, meu método de ensino tem um apego muito forte a “família Wing Chun”, na qual, todos os membros devem desenvolver quatro virtudes básicas, a saber: Humildade, paciência, discernimento e conhecimento. Tudo em nossa família é discutido em grupo. Não sou um mestre ditador, o qual fala, e seus alunos por medo obedecem. Sou um mestre amigo, que orienta, mas, que também solicita conselhos do grupo, para que a decisão final reflita o pensamento coletivo de nosso grupo.
 
O que o senhor deixaria como conselho para o aspirante a “Sihing AWCA”.

R: Que venha confiante no amparo de sua família AWCA, não somente em seu Sifu, mas, em todo o grupo, pois, somos uma família que cresce em união, e a única coisa que pedimos em retribuição é a sinceridade e honestidade. 





Site da AWCA : www.awca.com.br
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26 de mai. de 2013

Entrevista com Sifu Alex lo



ENTREVISTA COM ALEX LO (Lo Hsiang Chi)

 Sifu Alex lo (Lo Hsiang Chi) é discípulo “Indoor”(dentro da Sala) do renomado Grãomestre Frank Yee.
Presidente da Yee's Hung Ga no Brasil.

COMO SURGIU O INTERESSE PELAS ARTES MARCIAIS?
            Ao contrário de outros mestres e professores, na minha adolescência eu não gostava de artes marciais. Nem mesmo gostava de esportes. 
A minha entrada para as artes marciais ocorreu aos 22 anos, por achar que estava sedentário. No terceiro ano da faculdade, quando iniciei um estágio, percebi que eu saía da cadeira do trabalho para a cadeira da faculdade e isso não era saudável. Precisava me mexer e achei legal tentar uma arte marcial, como perto de minha casa havia uma escola de Kung Fu esta foi a modalidade escolhida.
            Daí por diante nunca deixei ela, apesar de todas as dificuldades e decepções que encontrei no caminho, as alegrias e satisfações são bem maiores.
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19 de mar. de 2013

Entrevista com Professor Cleber Souza



Entrevista com Professor Cleber Souza
“ACADEMIA KUNG FU XUEXIAO”


1.    Como surgiu o interesse pelas artes marcais?
Minha mãe dizia que o médico precisou me bater três vezes para depois eu chorar, eu brinco dizendo que as duas primeiras palmadas, eu defendi. Assim como a maioria dos meninos de minha época, gostava muito de sair dando golpes, saltos e voadoras como o Jiraya, Jaspion, Changeman e outros personagens marcantes daquela época. Meu pai era faixa preta de Hapkido e me ensinou alguns golpes que me deixou fascinado, e o caminho me trouxe até o kung fu.

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31 de jan. de 2013

Entrevista com Jackie e Jaden Smith (Inglês)

Entrevista com Jackie Chan e Jaden Smith no
Lopez Tonight

Na entrevista Jackie diz como recebeu o convite para o Filme, além de revelar detalhes sobre os bastidores e o treinamento de Jaden.

Obs: A Entrevista está em inglês 
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